O secretário municipal de Saúde de São Paulo, José de Filippi Júnior, teve ontem uma audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A conversa teve o objetivo de definir um plano de trabalho entre a Prefeitura Municipal de São Paulo e o ministério para tirar do papel as principais promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) na área da saúde: a construção de três hospitais e de 31 unidades da rede Hora Certa e a transformação de 34 postos de saúde já existentes em Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Esta é a primeira reunião de Filippi com Padilha para tratar da implementação dos principais projetos de Haddad na área da saúde, e a meta é que eles estejam concluídos em dois anos.
Os três novos hospitais municipais foram prometidos pelo ex-prefeito Gilberto Kassad (PSD) durante sua campanha pela reeleição, em 2008. Na época os locais previstos para a instalação eram os bairros de Vila Carrão, bairro de Cidade Dutra e Freguesia do Ó, mas os projetos ficaram só nas maquetes.
Promessa de campanha de Haddad, os novos hospitais municipais agora têm construção prevista para Parelheiros (zona sul de São Paulo), Brasilândia (zona norte de São Paulo) e outro na zona leste de São Paulo, em bairro ainda não definido.
A área da saúde é apontada como uma das maiores fontes de queixas contra a administração do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), que deixou o cargo com avaliação de 48% de péssimo ou ruim. De acordo com pesquisa divulgada em julho deste ano pelo Datafolha, a saúde foi considerada por 26% da população de São Paulo como o pior problema entre os serviços públicos municipais.
Além das três novas unidades, Haddad também colocou em seu plano de governo a abertura de mil leitos por meio de ampliação da rede hospitalar municipal já existente.
A rede Hora Certa prevê a construção de 31 unidades, uma em cada subprefeitura da cidade, que deverão ser equipadas para a realização de consultas, exames e pequenas cirurgias que não exijam internação.
Haddad também prometeu durante sua campanha eleitoral a reforma e a ampliação dos 34 prontos socorros municipais e transformá-los em unidades de pronto atendimento (UPA), construir outros cinco e 43 novas unidades básicas de saúde (UBS). Atualmente, a rede municipal de saúde possui 440 UBSs.
Fonte: Rede Brasil Atual